Para o empresário do ramo de caçambas, Abadio José Ferreira Júnior, 28 anos, a falta de conscientização da população é um dos principais problemas encontrados pelo segmento. A empresa dele chega a coletar, semanalmente, até 30 m³ de lixo doméstico depositado irregularmente nas caçambas. Por semana, é alugada uma média de 60 caçambas. Levando em consideração que cada uma possui capacidade de três a cinco metros cúbicos, do total de equipamentos locados, 12 são apenas para depósito de lixo doméstico. “Isto porque estou falando apenas da minha empresa. Existem dez em toda a cidade”, completou.
Por conta disso, Ruy Luiz Falco Filho, outro empresário do ramo, defende a conscientização junto à população. “Nós sempre orientamos os nossos clientes. Mas, na maioria das vezes, não são eles que jogam. São pessoas que passam pela rua. Em muitos casos, as pessoas desconhecem o fato de que caçambas são apenas para podas e entulhos”, explicou.
No caso do lixo doméstico, Abadio explicou que o empresário é que tem que pagar para levar o material até o aterro municipal, que fica a 13 km de Três Lagoas.
PROJETO
Nesta semana, alguns empresários depositaram resíduos na margem da via. O ato, segundo Abadio, foi de protesto em relação à ausência de maquinário da Prefeitura para fazer o nivelamento do material depositado no aterro. Hoje, a equipe de reportagem do Jornal do Povo esteve no local e a situação já estava normalizada – com máquinas trabalhando. Entretanto, era grande o volume de lixo doméstico.