Termina no final de fevereiro o prazo para a Prefeitura de Três Lagoas regulamentar a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil criada pela lei 2.645/2012. De acordo com Paulo Rebelo, coordenador da pasta, além de regulamentar a lei, a prefeita Márcia Moura também precisa efetivar, por meio de concurso público, cinco agentes municipais de Defesa Civil e um motorista para o órgão. Para ele, é necessária a formação desta equipe para executar trabalhos tanto na zona urbana quanto na rural. “O ideal é, primeiro, formar o quadro de funcionários e, depois, regulamentar a lei. Para trabalhar, é preciso equipe”, disse.
Segundo Rebelo, há dois anos um grupo de três-lagoenses trabalha como voluntários na Defesa Civil. Eles passaram por cursos de capacitação técnica e estão aptos a atuar no órgão. Porém, a falta de contratação de pessoal é o entrave da coordenadoria. “Trabalho é o que não falta, mas preciso de agentes”, frisou.
Conforme Rebelo, na zona rural há muitos afazeres. Dá para desenvolver um bom trabalho de prevenção de acidentes nas estradas rurais. Algumas estão em condições precárias. Outro detalhe: há estradas vicinais com pontes de madeira já deterioradas pelo tempo. Ele relembrou o acidente com um caminhão carregado de boi que despencou de uma ponte no córrego do Pombo, em 2011. “Este desastre poderia ter sido evitado caso a Defesa Civil fosse consolidada como equipe. O órgão tem como foco evitar acidentes”, ressaltou. E continuou: “já depois que os desastres acontecem entra em cena o trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Bombeiros”.
Para Rebelo, na zona urbana a grande problemática é a chuva, e, consequentemente, os alagamentos. Três Lagoas é uma cidade plana, com um sistema de drenagem insuficiente para absorver grandes volumes de enxurradas.
Portanto, para desenvolver ações tanto na área rural quanto urbana é necessária a formação de uma equipe de trabalho. Assim, a Defesa Civil conseguirá cumprir sua obrigação, que é prevenir e minimizar as consequências dos desastres.
