A Prefeitura de Três Lagoas, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, promoveu o 1º Fórum da Lagoa Maior, na noite desta terça-feira (13), no auditório da Unidade I da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus Três Lagoas.
O objetivo do evento foi apresentar o resultado inicial do estudo de avaliação da qualidade ambiental da Lagoa Maior e as propostas de subsídios ao seu manejo.
O estudo é resultado de convênio firmado entre o Município de Três Lagoas e a UFMS e deverá servir para o norteamento de ações de manejo e preservação ambiental a serem adotadas nesta importante Unidade de Conservação (UC).
O evento foi presidido pelo secretário de Meio Ambiente, Mateus Arantes, representando a prefeita Márcia Moura (PMDB). O secretário estava acompanhado de diretores e assessores de Meio Ambiente.
Além da equipe de professores da UFMS, responsáveis pelos estudos preliminares, estavam também presentes representantes da Fibria Celulose, Eldorado Brasil e do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
Participou também do Fórum uma turma de alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e alunos da UFMS.
Para o secretário Mateus Arantes, “as propostas do estudo da qualidade ambiental da Lagoa Maior são importantes e possuem a credibilidade de quem entende do assunto, já que se trata de uma equipe de professores e doutores da UFMS”, observou.
“Essas propostas deverão contribuir em muito para o programa de manejo ambiental da nossa Lagoa Maior. A aplicação dessas medidas deverá ser gradativa e ainda ser objeto de discussão com a comunidade”, informou Mateus Arantes.
A apresentação dos estudos esteve a cargo da professora e doutora Maria José de Alencar Vilela. Ela integra a equipe formadas pelos professores e doutores da UFMS, André Luiz Pinto, José Luiz Lorenz Silva, Maria Elisa Rebustini, Maria José Neto e Odanir Garcia Guerra.
ANDAMENTO DOS TRABALHOS
Um dos objetivos do 1º Fórum da Lagoa foi “tornar público o andamento dos trabalhos que estamos fazendo, dento dos termos do Convênio oficializado da Prefeitura com a UFMS”, explicou a professora Maria José Vilela.
“O estudo que estamos apresentando é para subsidiar o plano de manejo e a definição de ações que deverão não ser feitas nessa área ambiental”, observou.
Segundo a professora e doutora da UFMS, “a principal questão é como conciliar a preservação ambiental nessas áreas de ocupação humana. Por isso, a necessidade de um estudo participativo das principais questões”, observou.
No diagnóstico ambiental da Lagoa Maior, foram avaliados o meio antrópico, o meio físico e o meio biótico. Para cada um desses itens, foram apresentados os respectivos trabalhos dos professores da UFMS, referentes a cada área.
Na questão do meio antrópico, foi avaliada a infraestrutura, construções e a ocupação da Lagoa Maior, ao longo da história, “palco de lazer, prática de esportes e até área de banho e pesca”.
No aspecto do meio físico, foram avaliadas as questões dos recursos hídricos, fluxo de drenagem das águas da bacia do Córrego da Onça e as caixas de Contenção recentemente implantadas, entre outras questões.
E no aspecto do meio biótico, os estudos da equipe da UFMS avaliaram os parâmetros da qualidade da água, qualidade microbiológica das águas, sedimentos lacustres, vegetação aquática e terrestre, a composição faunística, tipos de peixes e a avifauna.
Quanto à avifauna, o estudo de dois alunos da UFMS constatou a existência de 76 espécies de aves na Lagoa Maior. Dessas, 16 são residentes e 57 visitantes.
O estúdio também apresentou os principais cuidados que devem ser tomados e propostas de ações ambientais. Entre elas está a necessidade de drenagem especial das ruas do entorno da Lagoa, as caixas de contenção, o monitoramento constante da qualidade da água, a proteção e gestão da área da Lagoa, o controle das macrofitas aquáticas e da vegetação do entorno.
Quanto à fauna silvestre introduzida, a proposta é que se retirem os patos e gansos e que se mantenham as capivaras, conquanto que se realize monitoramento sanitário dos animais, que ali residem.
Foi também proposta a colocação de uma cerca ao redor da Lagoa e sinalização, como forma de preservação ambiental e segurança dos visitantes e frequentadores.