Os funcionários do Hospital Regional Três Lagoas podem entrar em greve, caso não aja um avanço nas negociações salariais com a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems). O Hospital Regional, antigo Remo Massi, é filantrópico, e agora tem como sócios a Cassems e a Unimed. Apesar disso, os dois primeiros anos de administração estão sob a responsabilidade da Caixa de Assistência dos Servidores.
O administrador do Hospital Três Lagoas, Rafael Bastos Ribas, disse que a Cassems ofereceu um reajuste de 9% a todos os trabalhadores. Entretanto, o Sindicato dos Empregados em Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde preferiu apresentar um percentual de reajuste diferenciado para cada categoria dos funcionários. “A Cassems apresentou uma proposta e o sindicato uma contraproposta que está sendo analisada”, informou.
Segundo o presidente do sindicato que representa a categoria de trabalhadores em saúde, João Carvalho Pereira, hoje ou amanhã será realizada uma assembleia em Três Lagoas, a fim de que os funcionários decidam se aceitam ou não a proposta oferecida pela Cassems.
Ontem, o presidente do sindicato esteve reunido, em Campo Grande, com o gerente de hospitais da Cassems, mas, segundo ele, não houve avanço nas negociações. Ele informou que o Hospital Três Lagoas conta com mais de 100 funcionários.
De acordo com Pereira, o salário da categoria está defasado e o percentual proposto pela Caixa de Assistência ao Servidor não preenche as necessidades dos funcionários. O presidente do sindicato informou que, no Estado, não existe um piso salarial para os trabalhadores na área da saúde. Por esse motivo, o sindicato propôs um percentual de reajuste diferenciado para cada categoria.
O aumento salarial, segundo João Carvalho, tem sido pleiteado para todos os funcionários do hospital, com exceção dos médicos e os trabalhadores do setor de radiologia.
Conforme Pereira, as negociações com a Cassems começaram no dia 28 de março, embora a data base esteja marcada para maio. “Há dois meses, estamos conversando com a Cassems, mas como não houve avanço nas negociações não está descartada uma greve”, adiantou.
AUXILIADORA
Em relação à situação dos funcionários do Hospital Auxiliadora, o presidente do sindicato informou que a data base deles está marcada para julho, mas existe uma boa conversa com a administração da unidade.