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Três Lagoas

Índice considera desenvolvimento de Três Lagoas moderado

O IFDM foi criado pelo Sistema da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para acompanhar a evolução dos 5.564 municípios brasileiros

Classificado como município de desenvolvimento moderado, Três Lagoas obteve o 18º lugar no ranking das cidades mais desenvolvidas de Mato Grosso do Sul, conforme o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de 2009.  O IFDM de Três Lagoas alcançou 0,7005 pontos, 4,8% abaixo do registrado em 2008, quando o índice somou 0,7354 para a evolução três-lagoense. A pontuação de 2009 ficou ainda abaixo da média de Mato Grosso do Sul (0,7256) e do país (0,7603). O IFDM foi criado pelo Sistema da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para acompanhar a evolução dos 5.564 municípios brasileiros e o resultado da gestão das prefeituras.

O IFDM é compilado anualmente e considera as áreas de educação, saúde e emprego e renda, como indicadores de desenvolvimento municipal. Ele baseia-se em dados declarados pelas próprias prefeituras ao governo federal. Em 2009, Três Lagoas obteve pontuação acima da média nos segmentos saúde (0,8566) e educação (0,7734), mas amargou classificação regular em relação a emprego e renda (0,4714).

O economista Marçal Rogério Rizzo, professor doutor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do campus de Três Lagoas, acredita que o IFDM de emprego e renda de Três Lagoas reflete uma redução dos investimentos públicos estaduais e federais no município em função da crise financeira mundial, iniciada em 2008, com a falência dos bancos e das grandes montadoras americanas. “Todo mundo pisou no freio na época. Essa ponte [sobre o rio Paraná] que anunciaram agora já era para ter começado a ser construída. Houve uma retração na economia de Três Lagoas e isso se refletiu nesse índice, analisou.

Outro fator que pode ter prejudicado a evolução do município no segmento emprego e renda é o alto volume das contratações de trabalhadores de faixas salariais mais baixas, contribuindo para a redução da renda média verificada na cidade em 2009. “É comum na fase de construção civil as contratações serem intensivas em mão de obra mais barata. Mas quando essas indústrias entrarem em funcionamento, os empregos serão melhores e os salários maiores. A renda média do município vai aumentar”, explicou o economista.

CRITÉRIO

A pontuação do índice varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo) para classificar o nível de cada localidade. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.  A cidade de maior evolução em Mato Grosso do Sul, segundo IFDM de 2009 é Campo Grande (0,8616) a de menor desempenho é Coronel Sapucaia (0,4767). No Brasil, o município com maior pontuação foi Barueri (SP), 0,9303 e que recebeu a menor foi São Félix das Balsas (MA), 0,3413. 

CENTRO-OESTE

O Centro-Oeste destacou-se ao aumentar sua participação entre os municípios com índice de desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8) e alto (acima de 0,8): de 50% em 2006 para 83,4%, em 2009. A região aproximou-se, assim, do Sudeste, que tem 86% de municípios nesse patamar (em 2006, eram 79%). Já o Sul consolidou sua posição privilegiada com 96,2% dos seus municípios com IFDM moderado e alto.