
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte no mundo e no Brasil. Neste Dia Mundial do AVC, o alerta se intensifica em Mato Grosso do Sul, onde o número de óbitos aumentou significativamente em 2025.
Neste ano, o estado já soma mais de 450 mortes por AVC, o que representa mais da metade do total registrado em 2024, quando foram 737 óbitos. A cada seis minutos e meio, uma pessoa morre vítima de derrame no país.
O cenário também é grave em relação ao infarto agudo do miocárdio: entre janeiro e setembro, já são 923 vidas perdidas em Mato Grosso do Sul.
O cardiologista Júlio Calil Neto, explicou que o AVC pode ser classificado em dois tipos principais:
- Isquêmico: interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro (95% dos casos)
- Hemorrágico: sangramento intracraniano, geralmente mais grave
“Quando o paciente chega com dificuldade de movimentar um braço ou uma perna, precisamos primeiro descartar se é hemorrágico ou isquêmico, pois o tratamento é completamente diferente”, destacou o médico.
A pressão alta não controlada continua sendo o principal fator de risco, segundo o especialista.
“De repente, essa pressão sobe muito, faz um espasmo no cérebro e o paciente tem um quadro de isquemia”, explicou.
Além disso, o uso de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas e alimentação rica em ultraprocessados aumentam o risco de derrame.
O cardiologista reforça que hábitos saudáveis ajudam a evitar a doença:
- Exercícios físicos de 3 a 5 vezes por semana
- Redução de bebida alcoólica
- Dieta com frutas, verduras e carnes magras
- Controle da pressão arterial
“Se podemos prevenir e salvar vidas, todo esforço precisa ser feito”, ressaltou Calil.
Os sintomas do AVC aparecem de forma súbita. Especialistas orientam a usar a sigla S.A.M.U para identificar:
- Sorriso — rosto torto
- Abraço — fraqueza em um dos braços
- Mensagem — dificuldade para falar
- Urgente — chame o Samu (192)
Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de recuperação.