A baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe em Três Lagoas tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde, com 40% dos pacientes internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no município sem terem recebido o imunizante. O cenário acende um alerta, especialmente diante do aumento nas hospitalizações por doenças respiratórias.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Adriana Spazzapan, destacou o desafio.
“Na verdade, é um desafio, esse ano a gente teve um aumento de número de atendimentos nos hospitais do município, tanto de moradores de Três Lagoas como pacientes do entorno aqui da cidade. Nós temos sim um número ainda pequeno de vacinados quando a gente considera nossa meta vacinal. Três Lagoas e o estado como um todo está abaixo do objetivo vacinal. E é claro que reflete negativamente nos casos de doenças respiratórias”, afirmou.
Dados comparativos revelam que, de 2024 para 2025, o número de hospitalizações por SRAG entre moradores da cidade subiu de 229 para 256 casos. A circulação de vírus como influenza, VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e rinovírus tem agravado os casos, afetando principalmente crianças pequenas e idosos e elevando a demanda por atendimentos hospitalares.
A vacina é uma ferramenta crucial na prevenção de hospitalizações por quadros graves da doença.
“A gente sabe que quem toma vacina pode sim ficar resfriado, com sintomas mais leves, mas ela evita no caso, casos mais graves, que a gente chama de síndrome respiratória aguda grave”, explicou Spazzapan.
Apesar da importância, a cobertura vacinal entre o público-alvo ainda é preocupante, atingindo apenas 46% do total. Entre os idosos, o índice chega a 49%, mas entre crianças e gestantes, os números são ainda menores, exigindo um reforço na conscientização.
A vacina contra a gripe continua disponível em todas as unidades de saúde da família de Três Lagoas. A Secretaria Municipal de Saúde orienta que manter o esquema vacinal em dia é uma das principais formas de prevenção, especialmente para os grupos mais vulneráveis. Além da imunização, as autoridades reforçam a importância da higiene respiratória e da busca por atendimento médico precoce aos primeiros sinais de gripe, a fim de evitar o agravamento do quadro.