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Musicista Cidinha Mariano é homenageada na ALMS

Para Cidinha, receber a medalha é motivo de orgulho, especialmente por levar o nome de uma referência da viola caipira

A homenagem a Cidinha Mariano reforça o reconhecimento ao papel das mulheres na preservação e difusão da música tradicional de Mato Grosso do Sul. Foto: Reprodução/TVC HD.
A homenagem a Cidinha Mariano reforça o reconhecimento ao papel das mulheres na preservação e difusão da música tradicional de Mato Grosso do Sul. Foto: Reprodução/TVC HD.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) realiza, nesta quarta-feira (13), uma sessão solene para entrega da medalha e diploma Helena Meirelles, honraria destinada a mulheres instrumentistas do Estado. Entre as homenageadas está a três-lagoense Maria Aparecida Mariano da Silva, conhecida como Cidinha Mariano, que há 45 anos ensina música em Três Lagoas.

“Quando nós viemos para Três Lagoas, em 1980, foi para montar uma escola de música. O prefeito da época, Luiz Queiroz Moreira, nos trouxe para dar continuidade ao trabalho da minha sogra, e estamos aqui até hoje”, relembra a musicista.

Para Cidinha, receber a medalha é motivo de orgulho, especialmente por levar o nome de uma referência da viola caipira.

“A Helena Meirelles é uma expressão da viola caipira sul-mato-grossense. É uma honra muito grande receber uma medalha com o nome dela, que, inclusive, completaria 100 anos agora em agosto”, destacou.

A maestrina da Orquestra de Violeiros de Três Lagoas lembra que, no início, o ambiente era dominado por homens.

“Quando iniciei o trabalho com a Orquestra de Violeiros, há 35 anos, só tinha eu e outra violeira, a Oreci. Os homens olhavam torto, não admitiam muito a liderança de uma mulher. Depois aceitaram, porque eu tenho conhecimento de música e formação na área”, contou.

Cidinha também citou outra mulher que merece reconhecimento: Adelinha, com quem já dividiu o palco diversas vezes.

“Nós tocamos juntas muitas vezes. Assim como Helena, ela enfrentou dificuldades para se impor no meio musical.”

Embora se considere “roqueira desde criança”, Cidinha se apaixonou pelo rasqueado e pelo chamamé, ritmos que considera marcantes na cultura do Estado.

“A música sul-mato-grossense tem raízes profundas e é convidativa a dançar. O povo daqui é feliz, caloroso. Quando morei no Sul, sentia falta desse calor humano.”

A homenagem a Cidinha Mariano reforça o reconhecimento ao papel das mulheres na preservação e difusão da música tradicional de Mato Grosso do Sul.