As figuras de Maria, José, do Menino Jesus, anjos, animais, pastores, pedras, plantas, um lago artificial. A estrela luminosa, que guiou os três reis magos até a manjedoura, carregando como presentes ouro, incenso e mirra. Além da árvore de natal, os presentes, o Papai Noel e muitas luzes.
Esse é o cenário que há mais de 40 anos compõe o presépio montado na garagem da casa de Nair Azambuja da Silva, 60 anos, na rua Benedito Soares da Mota, 712, Vila Viana. A moradora conta que começou com apenas três bonecos e hoje a decoração tem mais de cinco mil peças.
Conhecida no bairro pela sua dedicação em montar o presépio, Nair revela que tudo começou com uma brincadeira de criança e se tornou numa grande devoção. “Eu comecei montando a manjedoura com apenas três peças em cima de uma cadeira, depois numa mesa que ficava no canto da sala e hoje utilizo a garagem, pois inventei uma cidade, acrescentei monjolos, lagoa e muitas plantas”, conta Nair Azambuja. Bastante religiosa e devota de Nossa Senhora, ela também montou um altar ao lado do presépio e todo o ano reza a novena de Natal na companhia de vizinhos.
A decoração na casa chama a atenção no bairro e já se tornou um atrativo nos meses de dezembro. Os visitantes ficam maravilhados ao verem as imagens de santos, Papai Noel, Menino Jesus, animais e outros personagens que ilustram o nascimento de Cristo. “Isso é maravilhoso, muito lindo”, disse a visitante Aparecida Ferreira dos Santos.
Muitos dos materiais empregados na construção do presépio Nair encontra nas ruas. Pó de serra, isopor, plantas, principalmente cactus que juntamente com as imagens sacras feitas em gesso, cimento ou madeira compõem presépio. “É uma realização. Algumas vezes penso em não fazer, mas sem perceber acabo dando inicio ao projeto”, relata Nair, enquanto mostra os enfeites na garagem.
A tradição católica, que surgiu na Europa por iniciativa de São Francisco de Assis no século XVI, é mantida por muitas famílias em Três Lagoas. “O presépio está à disposição até o dia seis de janeiro e no dia seguinte já começo a desmontá-lo e guardar as peças para o ano que vem”, conclui Nair.