Dados divulgados hoje pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), mostram que o estado tem 419 candidatos para 78 meninos e meninas. A média se equipara à nacional. Em todo o Brasil, são 26.694 pretendentes para 4.427 menores.
O levantamento traça um perfil dos candidatos a pais e é, justamente, nas exigências apresentadas que pode estar a explicação para que algumas crianças permaneçam sem família, mesmo havendo tantas pessoas dispostas à adoção.
Em todo o País, menos de 20% dos candidatos aceitam adotar irmãos, por exemplo, e 75,72% das crianças e adolescentes têm irmãos.
A cor é outra questão delicada. Mais de 45% dos meninos e meninas são pardos e outros 19,11%, negros. Mas 37,94% dos pretendentes só querem um filho se for branco e apensas 31,22% se dizem indiferentes à raça da criança.
No Centro-Oeste, mais de um quarto dos candidatos faz alguma exigência em relação a cor, mas a preferência pelos brancos é bem menor: 17,22% dos cadastrados exigem que seja essa a tonalidade da pele de seu filho.
A idade, porém, é o fator mais restritivo. Menos de 4% dos pretendentes identificados pelo CNJ aceitam adotar uma criança ou adolescente a partir dos 7 anos. Mais de 60% querem bebês de até 2 anos de idade.
O cadastro
O CNA foi criado pelo CNJ em 2008, para mapear a unificar as informações de todos os tribunais do país, com o objetivo de agilizar o processo de adoção.
Agora, uma pessoa cadastrada pode adotar uma criança ou adolescente em qualquer estado na Federação.
O CNA é considerado uma ferramenta precisa e segura, de auxilio aos juízes na condução dos procedimentos de adoção e de desburocratização de todo o processo.