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Otan assume comando de ação na Líbia e rejeita armar rebeldes

A operação começou oficialmente às 3h de Brasília, segundo a agência de notícias France Presse, que cita uma fonte diplomática

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) assumiu nesta quinta-feira o comando das operações internacionais na Líbia e rejeitou publicamente a ideia de armar rebeldes –opção considerada pelo presidente americano, Barack Obama.

A aliança assume o posto que foi dos Estados Unidos e lidera agora as forças na operação Protetor Unificado. a ideia é manter a zona de restrição aérea imposta na operação Aurora da Odisseia, além de manter os ataques às forças do ditador líbio, Muammar Gaddafi, e proteger os civis líbios.

A operação começou oficialmente às 3h de Brasília, segundo a agência de notícias France Presse, que cita uma fonte diplomática.

Sob a autoridade do grande quartel-general da Aliança na Europa, em Mons (sul da Bélgica), a operação será dirigida a partir do centro regional de comando de Nápoles (sul da Itália) pelo general canadense Charles Bouchard.

A Otan assumiu o controle parcial das operações na quarta-feira, mas a transferência demorou em consequência da grande complexidade da operação.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, reiterou a jornalistas nesta quinta-feira que é contra a ideia de fornecer armas aos rebeldes líbios e lembrou que a aliança está no país para proteger, não armar, os líbios.

"Nós estamos lá para proteger o povo líbio, não para armar o povo", declarou Rasmussen. "Até onde a Otan está sabe, e eu falo em nome da Otan, vamos nos concentrar no controle do embargo de armas e o objetivo claro de um embargo de armas é interromper o fluxo de armas no país", completou.

A ideia de armar os líbios não foi descartada pelos EUA, apesar de ter sido recebida com duras críticas pela Rússia.

Os ataques aéreos das forças internacionais neutralizaram a Força Aérea de Gaddafi e causaram grandes danos às suas bases militares, mas as tropas governistas continuam melhor equipadas na batalha contra os rebeldes.