O deputado estadual e líder do PMDB na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha, disse que, hoje, o senador Delcídio do Amaral (PT) é o único candidato na disputa pelo governo do Estado em 2014. Por esse motivo, ele entende que o PMDB precisa definir logo quem será o candidato do partido para sucessão do governador André Puccinelli (PMDB).
Eduardo disse que o PMDB tem dois bons nomes para disputar o governo do Estado com o senador Delcídio. Mas, é claro, adiantou que sua preferência é pelo nome de sua esposa, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB). Entretanto, ressaltou que se o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, for o escolhido pelos peemedebistas, ele o apoiará em sua candidatura.
Quanto à possibilidade de uma aliança com o PT, o deputado não a descartou, desde que o PMDB encabece a chapa. Nesta semana, a vice-governadora Simone Tebet causou polêmica ao declarar que o PMDB está mais próximo do PT que do PSDB em relação a uma possível aliança nas eleições de 2014. O deputado Eduardo Rocha é da mesma opinião. “Na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, o PSDB não veio conosco. Em nível nacional, o PMDB e PT caminham juntos. Não vejo problema em uma aliança entre os dois partidos em Mato Grosso do Sul”, declarou Eduardo.
Questionado se o PMDB aceitaria indicar o vice na chapa encabeçada pelo senador Delcídio do Amaral, respondeu: “Pergunto o contrário: por que o PMDB não pode ser o cabeça da chapa?”. Eduardo comentou que o senador Delcídio é um nome forte para disputa do Estado. “Ele vem fazendo campanha há anos, por isso, defendo que o PMDB defina logo o seu candidato para que a sociedade possa começar a analisar o nome”, disse. Ele acredita que essa definição deva ocorrer no prazo de 60 dias.
Eduardo Rocha adiantou que, se Simone não for candidata ao Senado ou ao governo do Estado, não disputará nenhum outro cargo. “Ou ela disputa o Senado, que sempre foi o seu sonho, ou o governo estadual. Caso contrário, vai para casa, vai dar aula”, declarou.
PT
O presidente do diretório municipal do PT de Três Lagoas, Nivaldo dos Reis, tem uma opinião diferente. Ele não acredita na possibilidade de uma aliança entre PT e PMDB em Mato Grosso do Sul. “É uma opinião pessoal. Apesar de essa aliança existir em nível nacional, em Mato Grosso do Sul a situação é outra. Até porque o PMDB não aceitaria ser o vice do PT, que já tem um candidato forte. A não ser que o partido aceite indicar o vice, aí é outra situação”, comentou.
Já o vereador Idevaldo Claudino (PT) encara com naturalidade essa aliança, já que o PMDB integra o governo federal. “Com o Delcídio como cabeça de chapa, analiso com bom grado essa aliança. Não vejo a possibilidade de o PT lançar o vice dessa chapa, já que o Delcídio é o candidato natural ao governo”, destacou.