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Três Lagoas

Polícia Civil investiga causas do incêndio em alojamento

As chamas destruíram cinco pavilhões

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A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as causas do incêndio registrado por volta das 23h de domingo, no alojamento dos trabalhadores da Usiminas, terceirizada da Siderúrgica Três Lagoas (Sitrel), localizado na BR-158, saída para Brasilândia. As chamas destruíram cinco pavilhões onde, aproximadamente, 600 trabalhadores dormiam. Todos conseguiram sair a tempo e ninguém ficou ferido.

De acordo com o delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil (2ª DP) e responsável pelo caso, Rogério Fernando Makert Faria, não está descartada a possibilidade de que o incêndio tenha sido criminoso. “Minutos antes do ocorrido, aconteceu um apagão no local. Isso pode ter sido causado pelas próprias pessoas que possivelmente tenham colocado fogo no alojamento como forma de não serem identificadas”, pontuou.

O delegado ouviu, ainda ontem, quatro funcionários do alojamento, entre seguranças e vigilantes. Segundo Faria, no decorrer da semana outros trabalhadores serão intimados para prestarem depoimento. “Seguiremos com as investigações até que consigamos concluir o inquérito”, disse.

OCORRÊNCIA
No dia do incêndio, o Corpo de Bombeiros precisou mobilizar sete militares, que foram divididos em duas viaturas, para que o fogo pudesse ser contido. Os trabalhos duraram cerca de três horas para serem concluídos. As chamas chegaram aos três metros de altura. Equipes da Polícia Militar (PM) também estiveram no local para garantir a segurança dos trabalhadores. De acordo com o comandante da PM, major Wilson Sérgio Monari, os operários estavam tranquilos e nenhuma outra ocorrência foi registrada.

USIMINAS
A Usiminas, por meio da Assessoria de Imprensa, informou que não vai se pronunciar quanto ao incêndio ocorrido no domingo. Questionada sobre o local para onde os trabalhadores deverão ser transferidos, ela manteve o silêncio e disse apenas que não vai comentar o assunto.

GREVE
Os operários da Usiminas decretaram greve por tempo indeterminado na última sexta-feira. Eles reivindicam reajuste salarial de 15%, aumento no vale-alimentação de R$ 70 para R$ 250 e folga de campo a cada 60 dias. Atualmente, o benefício é concedido a cada 120 dias. De acordo com Agmar, a classe resolveu parar as obras como forma de chamar a atenção da direção da empresa e pretende ficar de braços cruzados.