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Três Lagoas

Polícia procura 4ª vítima de 'tribunal do crime'

Fotos de morto circularam na internet, mas suspeitos não revelam local da execução

Luiz Fernando dos Santos Cruz  morreu após briga entre gangues da Vila Haro e Guanabara - Arquivo /JPNEWS
Luiz Fernando dos Santos Cruz morreu após briga entre gangues da Vila Haro e Guanabara - Arquivo /JPNEWS

A Polícia Civil de Três Lagoas, através do Setor de Investigações Gerais (SIG), ainda procura o corpo de Geovani Jorge de Oliveira da Silva, a quarta vítima de um suposto "tribunal do crime" formado após brigas de duas gangues das Vila Haro e Jardim Guanabara, em 2017. Ao menos 11 pessoas foram presas durante a Operação Nêmesis (deusa da vingança, na mitologia grega), deflagrada na terça-feira (20). 

Segundo o SIG, a primeira morte ocorreu durante em um bairro rural da cidade, onde os dois grupos marcaram um acerto de contas. Luiz Fernando dos Santos Cruz, morreu em troca de tiros.  Comparsas dele, liderados por Leandro Correia Franco, emboscaram Maciel Soares de Sousa Junior, atiraram várias vezes no carro que dirigia. Maciel morreu antes de chegar ao hospital. 

O bando ainda tentou matar Giovane Jorge de Oliveira da Silva, a quarta vítima, em sua casa, mas ele teria percebido e passado a noite na vizinhança e visto quando os criminosos levaram seu pai, Paulo Vieira da Silva, em seu lugar. Os criminosos revelaram à polícia que levaram Paulo à casa de uma mulher, onde ele foi torturado, morto e jogado às margens da rodovia BR-158, na saída para Brasilândia. 

DESAPARECIDO
Giovani também teria sido enganado pelos assassinos, dias depois, quando acreditou ser levado ao encontro dos assassinos do pai. Ele foi morto e jogado no rio Sucuriú, para dificultar os trabalhos da polícia. O corpo teria sido fotografado pelos executores e, posteriormente, divulgado em redes sociais. Na ocasião, em maio deste ano, a Polícia Militar chegou a receber uma denúncia sobre o crime e realizou buscas no rio, solicitando o apoio da Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, mas não obteve sucesso. 

O SIG ainda espera localizar os restos mortais de Giovani e não descarta a possibilidade de outros envolvidos. Na operação, aparelhos celulares foram apreendidos em celas do presídio de Três Lagoas.