O Jornal do Povo de Três Lagoas ouviu a opinião de seis cidadãos três-lagoense sobre a situação dos postos de saúde do município.
Para a promotora de Justiça, Ana Cristina Carneiro Dias, a situação dos prédios dos postos de saúde pode não ser a ideal, mas a qualidade no atendimento é mais importante. “O mais importante do que a infraestutura é a qualidade no atendimento, é não faltar remédios, médicos”, disse a promotora.
Na promotoria, Ana Cristina disse que não tem recebido reclamações da situação dos prédios públicos, mas sim do atendimento. “Temos muitas reclamações do atendimento, da falta de remédios, médicos, de filas nos postos”, afirmou a promotora.
Já o vereador Jorge Martinho (PMDB), ex-secretário de Saúde na gestão da ex-prefeita Simone Tebet (PMDB) afirmou que, com exceção do Centro de Especialidades Odontológicas as demais unidades de saúde estão em condições de atendimento.
Para o vereador, o ideal seria ter um bom prédio e bom atendimento, mas nem sempre isso é possível. “Não adianta ter prédio bonito e não ter remédios, médicos. Se tiver condições de ter as duas coisas, ótimo, caso não tenha, o principal é o atendimento essencial”, ressaltou.
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Na época em que era secretário, Martinho disse que conseguiu entregar bons prédios e com bom atendimento. “Entregamos a clínica do trabalhador, a clinica da mulher, a de pequenas cirurgias e todas funcionavam bem”, observou.
Segundo a funcionária Vanda Ferreira, moradora do Parque São Carlos, o posto de saúde do bairro já deveria estar funcionando. “Tem quase um ano que este posto está em reforma e até agora não entregaram a obra. No Japão aconteceu um terremoto e já está tudo funcionando, agora o posto de saúde até hoje está fechado”, comparou.
A moradora disse que ouviu através da imprensa as declarações do secretário de saúde e disse que ele não é uma pessoa preparada para estar no cargo. “Ele tem justificativa para tudo, até remédio disse que a população consome demais. Ninguém quer ficar tomando remédio, toma porque está ruim”, comentou.
A aposentada Neuci Rodrigues moradora no Parque São Carlos também reclamou da demora para a entrega do posto de saúde. “Está um desconforto, o posto foi reformado, mas está abandonado cheio de mato. Deveriam limpar e reabrir a unidade”, disse.
Moradora do Santa Luzia, a aposentada Elvira Assis Nunes afirmou que a reforma do posto de saúde do bairro ficou boa, e que a unidade deveria ser reaberta. “Preciso ir ao médico e não posso, porque não ando de bicicleta e não tem quem me leva, o posto está fazendo falta”, reclamou a moradora do Santa Luzia. O mesmo foi dito pela dona de casa Orlanda Maria de Oliveira. “O atendimento no posto está fazendo uma falta, eu sempre fazia a aferição da pressão arterial e agora não posso”, completou.
