É de extrema relevância a privatização de estradas e aeroportos, assim como inumeráveis serviços que são executados pelo poder público com relativa ou discutível eficiência. A administração pública em quaisquer níveis precisa ser ajustada, desburocratizada, enxugada em número de servidores e salários, mas não consegue, talvez, porque não queiram seus dirigentes.
E como consequência os serviços que executa ficam abaixo das expectativas de qualquer usuário. Só para exemplificar, somos exemplo e modelo em programas de saúde pública e atendimento. Entretanto, os gargalos que se apresentam no dia a dia, colocam em níveis questionáveis o próprio SUS, que foi instituído para universalizar o atendimento. A administração pública peca no funcionamento da estrutura, que está emperrada desde a distribuição de medicamentos, os quais muitas das vezes ficam estocados até a data de vencimento, causando prejuízos incalculáveis aos cofres públicos e aos cidadãos. Sem se falar em filas para atendimento, internação, exames, cirurgias etc. Mas, não há mal que sempre dure.
Aqui mesmo em Três Lagoas o Hospital Regional Magid Thomé entrou em funcionamento com um modelo de administração através de uma organização social paga pelo poder público estadual. E obrigatoriamente, terá que entregar os serviços contratados com eficiência e qualidade. Assim espera a comunidade. Na última quinta-feira, 18 do corrente mês, foram leiloados concessões para vários aeroportos sob a administração da União. Aqui no Estado os de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã. Certamente, serão modernizados e consequentemente, o atendimento aos seus usuários, infinitamente melhorado. Em Três Lagoas, faz-se necessária uma Parceria Pública Privada entre a municipalidade e os setor privado.
O aeroporto é bem instalado, mas precisa de algumas melhorias. Entre elas, a implantação do sistema de voos por instrumento, os quais monitorarão decolagem e aterrissagem de aeronaves a qualquer hora de seu funcionamento. Passa da hora essa providência. O governo estadual essa semana publicou edital de concessão das rodovias MS-112 e trechos das BRs 158 e 436, noticiado nesta edição na página 7. Supreendentemente, não se vê caminhar a privatização da BR 262 no trecho Três Lagoas – Campo Grande, cuja extensão verifica-se a olhos vistos, intenso tráfego de veículos de todos os portes, onde todos os meses registram-se acidentes gravíssimos e de consequências fatais. Enfim, a privatização por chamada pública é um instrumento de transcendental importância para estabelecer a normalidade e a eficiência ao usuário.
Enquanto o país tratar esse assunto a passos de cágados, todos nós havemos de sofrer com a ineficiência de serviços públicos, com o perigo e a morte em casos de estradas, e com a inércia dos governantes que precisam adotar a política de que o Estado não pode ser intervencionista e nem estar a reboque da burocracia.