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Três Lagoas

Projeto Abraço Terapêutico espalha alegria na feira livre

Em meio a legumes e verduras, lá está a turma de palhaços distribuindo, totalmente de graça, abraços

Palhaços distribuem abraços e sorrisos -
Palhaços distribuem abraços e sorrisos -

Há três meses, em Três Lagoas nasceu o projeto Abraço Terapêutico, idealizado pelo psicólogo e policial Sergio Lopes de Santana. O grupo, composto por cinco pessoas, espalha “abraços” todas as segundas-feiras na Feira Livre da cidade.

De acordo com Santana, o Abraço Terapêutico é desenvolvido por ele, pela psicóloga Patrícia e por simpatizantes.

Fantasiados de palhaços, a ideia do grupo é levar alegria e afeto para a população. A técnica de aproximação utilizada por eles é uma placa com os dizeres: “Você já abraçou alguém hoje?”. Ao ler a frase, segundo Santana, o cidadão reflete. Em seguida, o palhaço revela que deseja abraçar alguém. Nesse ritmo, a pessoa vai se soltando e, no final, já está distribuindo abraços e sorrisos. 


Realmente é essa a proposta da equipe: buscar por meio do abraço a mudança de comportamento, a liberação de adrenalina, enfim, a troca do semblante triste por um sorriso. Segundo Santana, que há um ano é aluno da Escola Municipal de Teatro, estar fantasiado de palhaço é uma maneira de quebrar o gelo. “O palhaço é uma figura que abre a porta da alegria sem ninguém autorizar”. E continuou: “sem a fantasia, acredito que seria mais difícil atingir o objetivo, que é espalhar alegria à comunidade três-lagoense”.


Para o grupo, o ser humano nasce com a necessidade do afeto, porém, de imediato esse sentimento é transmitido pela mãe. Mas, ao longo da vida, o corre-corre da modernidade deixa as pessoas mais atarefadas, estressadas e, consequentemente, menos afetivas. Entretanto, o projeto está conseguindo quebrar essa barreira e fazer com que as pessoas se abracem, sorriam e contagiem outras.


Projeto 
De acordo com o psicólogo e policial Sergio Lopes de Santana, a ideia do projeto surgiu pelo fato de ele fazer parte da Escola Municipal de Teatro. “Tinha vontade de encenar e fazer o bem ao mesmo tempo”, contou. Mas, foi depois de ir até a cidade de São Paulo e conhecer o trabalho dos Doutores da Alegria que Santana encontrou a fórmula de encenar e fazer o bem. Em contatos com os demais integrantes, criaram o projeto Abraço Terapêutico, há três meses. “Existe na equipe uma energia positiva que engaja a turma a fazer o bem. Seja com essa atitude do abraço ou com tantas outras que podemos tomar para tornar esse mundo melhor”, explicou Santana.


Futuro 
Para o grupo, esse trabalho está só começando. Eles acreditam que oferecer abraços é uma maneira de começar a mudar a humanidade, ou melhor, deixá-la mais amável. 


A proposta é, em breve, levar o projeto Abraço Terapêutico para hospitais, asilos etc. Santana acredita que, às vezes, o afeto é exatamente tudo o que uma pessoa precisa naquele momento. “Então, quem ousaria recusar um abraço grátis? Ele gera uma troca de energia e pode até salvar o seu dia”, completou.