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Três Lagoas

Projeto ajuda a proteger arara-azul do risco de extinção no Pantanal de MS

Série de reportagens do Bom Dia MS mostra trabalho de pesquisadores. Trabalho feito há 23 anos já envolve mais de 100 fazendas em MS e MT

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O Bom Dia MS começa a exibir uma série de reportagens sobre um projeto de pesquisa que está salvando a arara-azul do risco de extinção no Brasil. No Pantanal sul-mato-grossense, a ave já não está mais ameaçada, mas a espécie ainda está em perigo. Especialistas estimam que mais de 10 mil araras-azuis já foram capturadas e vendidas pelos traficantes de animais. A primeira reportagem conta a trajetória de 23 anos de trabalho da bióloga Neiva Guedes.

No início, a pesquisadora saía à pé pelos campos. Depois, conseguiu patrocínio e um veículo traçado para percorrer as estradas pantaneiras e alcançar recantos isolados. Os fazendeiros começaram a abriram as porteiras para a pesquisa. Até então, não existiam estudos científicos sobre a arara-azul.

A fazenda Baú, no Pantanal da Nhecolândia, foi uma das primeiras propriedades monitoradas pelo projeto Arara-Azul, dez anos atrás. Na propriedade há uma área de alimentação das aves batizada de capão das araras. Sete ninhos já foram identificados no pedaço de mata. As araras-azuis voltam sempre para a mesma árvore para botar os ovos.

Atualmente, mais de 100 fazendas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso colaboram com o projeto. Os pesquisadores, que antes queriam estudar a maior de todas as araras, descobriram que a conservação da espécie depende do equilíbrio. Por isso, a pesquisa se estendeu para outras 17 espécies que interagem ou convivem com as araras-azuis.