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Três Lagoas

Terceirizados da Sitrel ameaçam entrar greve

Os operários estão de braços cruzados desde a última semana. Sem acordos firmados, eles decidiram pela greve

Trabalhadores insatisfeitos com as regras da empresa -
Trabalhadores insatisfeitos com as regras da empresa -

Cerca de 400 dos 500 funcionários da empresa de Construção Civil Gotardo, terceirizada da Siderúrgica Três Lagoas (Sitrel), ameaçaram transformar a paralisação parcial em greve. Eles contam com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e disseram que a entidade já providenciou toda a documentação necessária para a greve legal. A paralisação teve início na última semana. Desde então, as obras da Sitrel passaram a ser prejudicadas, pois a Gotardo é a empresa responsável por quase 100% da construção no canteiro de obras.

De acordo com o representante da comissão de greve e funcionário da Gotardo, Jailson Carlos Ferreira Rocha, a empresa não paga 100% de hora extra quando eles trabalham aos feriados e domingos, e sim hora prêmio – o mesmo valor pago nos dias úteis. Aos sábados, mesmo que eles trabalhem o dia todo, a empresa só paga hora extra até as 11h. “Viemos de muito longe justamente para ganhar um pouco mais de dinheiro, mas aqui está sendo diferente. Ganhamos apenas o piso”, disse. Destacou ainda que o salário dos operários varia de R$ 900,00 a R$ 1.500.

Rocha explicou que o não pagamento das horas adicionais vem incomodando os operários há alguns meses e que eles já tentaram negociar com a empresa, porém não obtiveram nenhum sucesso. “Não nos restou outra alternativa a não ser paralisarmos as obras. Só assim ela nos dará atenção”, disse. Outra reivindicação dos trabalhadores é quanto à alimentação. Eles alegaram que as refeições não são de qualidade satisfatória.

O representante contou ainda que a empresa ainda não estaria interessada em negociar. Ontem, por exemplo, representantes da Gotardo haviam marcado uma reunião com eles por volta das 15h, mas ninguém apareceu. Para Rocha, a situação só vai melhorar quando a administração da empresa for trocada, pois a atual seria a responsável por burlar as leis trabalhistas. “Só retornaremos às atividades quando formos atendidos”, garantiu.