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Três Lagoas

TLC é arrematado em leilão da Justiça

O clube é mais tradicional da Cidade e as suas instalações foram a leilão na última quinta-feira (13)

Clube acumula uma dívida de R$ 1,5 milhão -
Clube acumula uma dívida de R$ 1,5 milhão -

Um dos clubes mais tradicionais da Cidade, o Três Lagoas Clube (TLC), foi arrematado em leilão da Justiça Trabalhista, realizado na quinta-feira (13). O evento reuniu em torno de 13 interessados, porém a área de 7,5 mil m² foi arrematada pelo empresário Joaquim Romero Barbosa.

Conforme o advogado do TLC, Luiz Eduardo de Paula Congro, a área, que corresponde às piscinas e parte do salão de baile, foi arrematada pelo valor de R$ 750 mil, sendo R$ 300 mil à vista e R$ 450 mil parcelado.

O valor será utilizado para sanar parte da dívida do clube, hoje estimada em R$ 1,5 milhão, nas Justiças Trabalhistas e Estadual. “Não se trata de dívidas feitas por esta gestão, mas de gestões passadas. Há tempos estamos tentando contornar esta situação.

O TLC esteve prestes a ir a leilão outras cinco vezes, e em todas conseguimos contornar. Uma destas tentativas foi conseguir R$ 400 mil, sendo R$ 160 mil com sócios remidos e os outros R$ 240 mil em empréstimos com instituições financeiras. Foi isto que nos permitiu chegar até aqui”, explicou.

Com exceção dos processos já cancelados, o TLC acumula o total de 37 processos. Entre eles, por dívidas trabalhistas, impostos e outras – somente para a Prefeitura, o TLC deve R$ 200 mil, referentes há dez anos por falta de pagamento de impostos. Deste valor, R$ 120 mil são admitidos pela diretoria.

Para Congro, um dos principais motivos para o fim (quase certo) do clube está o desaparecimento dos sócios. Atualmente, o clube conta com 389 sócios regulares. A manutenção do clube – que gira, de acordo com ele, em R$ 16 mil/mês – era mantida pelos sócios contribuintes, que pagavam mensalidades. Porém, este grupo também foi desaparecendo e as despesas continuaram.

LUTA

O advogado afirmou que irá recorrer e entrar com processo de embargo à arrematação. De acordo com ele, a defesa do clube será embasada em dois quesitos: a possível inibição de outros lançadores, por conta da troca da ordem dos lotes feita pela leiloeira e também da não fixação de horário. “Nós da defesa [feita por ele e pelo advogado Nivaldo Costa] entendemos que a leiloeira não seguiu a ordem numérica dos lotes e também houve problemas no horário. Com isto, dois lançadores foram embora.

Além disto, entendemos que é evidente o prejuízo do clube. O imóvel foi arrematado pela metade do preço do qual é avaliado”, disse.

Pela Justiça Estadual, a área arrematada do imóvel é avaliado em R$ 1,5 milhão, sendo lance mínimo de R$ 900 mil. No entanto, na Justiça Trabalhista, o juiz decide depois se o arremate foi viu. “A Justiça Trabalhista usa de um critério subjetivo e pessoal. O que queremos é um novo processo para discutir se o arremate está dentro da legalidade, ou não”.

VENDA

No entanto, o advogado se posiciona favorável à venda do clube como forma de sanar as dívidas. Congro explicou que a diretoria tem autorização da Assembleia dos Associados para vender o clube pelo valor de R$ 2,5 milhões. “Este é o valor autorizado. Não há como a diretoria desacatar tal decisão e baixar, no entanto, não há ofertas que cheguam a R$ 2 milhões. Além disto, temos o receio dos compradores. Muitos preferem comprar diretamente do Juiz”.

Ao todo, 13 interessados participaram do leilão presencial da Justiça do Trabalho.

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