Acontece em Três Lagoas, entre os dias 21 e 23 de junho, o 2º Seminário de Segurança Pública. O evento será realizado no Anfiteatro do campus I da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a entrada é gratuita. De acordo com a presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Maria Auxiliadora, o trânsito será o principal tema discutido durante os três dias de debate.
Segundo Maria, os órgãos de segurança do município estão bastante preocupados com o trânsito, devido à incidência de acidentes fatais. Somente neste ano, já foram registradas 18 mortes no perímetro urbano da cidade. Em Campo Grande, cidade quase oito vezes maior que Três Lagoas, foram registradas 24 morte no trânsito no mesmo período. “A diferença é absurda. O trânsito está matando mais do que a guerra”, destacou.
Durante os encontros, os participantes poderão fazer reclamações e sugerir melhorias. As pessoas que preferirem não se expor poderão colocar suas ideias em uma urna que estará disponível no anfiteatro. “A expectativa é de que o seminário atraia mais de 300 pessoas”, disse. Cada participante será contemplado com um certificado de 12 horas.
Para o comandante do 2º Batalhão, major Wilson Sérgio Monari, a iniciativa é bastante positiva. “Através desses debates será possível encontrar soluções. Além disso, as ideias propostas durante os encontros colaboram com a segurança pública do município”, disse.
O capitão da Polícia Militar (PM), Paulo Ribeiro dos Santos, destacou que o seminário ajuda os órgãos de segurança a ficarem mais perto da população. “É importante ouvirmos dos próprios moradores dos bairros da cidade qual são as verdadeiras necessidades deles. Nesses encontros, conseguimos detectar os problemas”, disse.
Por outro lado, o capitão chamou a atenção da população quanto à imprudência no trânsito. Ele disse que algumas mudanças na infraestrutura são necessárias, mas o motorista, ciclista e pedestres precisam colaborar com o trânsito pondo em prática a responsabilidade. “A sinalização vem melhorando a cada dia, mas o comportamento dos usuários não. No ano passado, por exemplo, flagramos 1.400 condutores sem Carteira Nacional de Habilitação [CNH]. Quem não passou pela formação não vai respeitar as leis de trânsito, porque não estudou”, salientou.
PASSEATA
No sábado pela manhã, será realizada uma passeata. Os interessados em participar devem ir até a Escola Estadual Afonso Pena, a partir das 8h30. Serão distribuídas faixas em protesto por um trânsito mais seguro. Segundo Maria Auxiliadora, é importante que parentes de vítimas do trânsito e motociclistas participem da passeata. “Vamos unir nossas forças para que possamos lutar por segurança”, disse.