Três Lagoas fechou o mês de novembro com queda nas contratações. O resultado foi divulgado ontem pelo estudo do comportamento mensal de empregos, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho.
Conforme dados do Caged, no mês passado, o mercado três-lagoense admitiu 1.283 pessoas. Em contrapartida, 1.756 demissões foram registradas. Os números equivalem a um déficit de 473 vagas (variação de 1,68% negativo) e fizeram com que a cidade ocupasse a décima – e última – colocação entre os municípios com mais de 30 mil habitantes – para fazer parte do estudo do comportamento de empregos, é preciso atingir esse índice populacional.
Para o coordenador do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (Ciat), Ivan Alkmin, o motivo da queda de emprego está diretamente ligado à falta de mão de obra qualificada no município. “Vagas não faltam. Pelo contrário, sobram. Não temos mão de obra qualificada disponível. Com isso, o índice de contratação cai muito e o de demissão acaba sendo ultrapassando”, explicou.
A falta de qualificação profissional em Três Lagoas, drama também vivido em 2008, de acordo com Alkmin, afeta todos os setores. No Ciat, existem mais de 70 vagas disponíveis na construção civil, 20 de serviços (camareira, recepcionista, cozinha industrial). “Essas vagas estão disponíveis há mais de 15 dias. As firmas estão passando por dificuldade para contratar. Temos muitas empresas de fora e não temos candidatos”. Atualmente, o Ciat possui 126 vagas abertas para diversos setores. Também sobram vagas para motoristas e serviços gerais (cerca de 20).