
A varrição de Três Lagoas passou a ser mais moderna após a implantação de varredeiras mecânicas (minicarregadeiras adaptadas com escovões na parte interior, conhecidas também como vassouras mecânicas). A cidade é a primeira do Estado a aderir esse tipo de tecnologia.
Elas parecem pequenos tratores e varrem as ruas de forma mais rápida e eficaz do que se o mesmo trabalho fosse realizado manualmente. Elas são movidas a óleo diesel e são capazes de oferecer uma economia de 40% à empresa no final do mês.
Cada uma delas custou cerca de R$ 120 mil e foram compradas pela empresa terceirizada da Prefeitura, responsável pela varrição da cidade, Organizações Unidas. De acordo com o gestor de contratos da empresa, Sidney Cudeiro de Abreu, cada máquina faz o trabalho diário de 20 trabalhadores. Abreu explicou que a intenção de comprar as máquinas não foi pensando na substituição dos trabalhadores que limpam as ruas, mas sim, em aprimorar o trabalho oferecido à população e que ele continue sendo feito nos casos de pedidos de demissão.
Segundo Abreu, a empresa tem “sofrido” com os pedidos de demissão em massa e tem tido dificuldade em contratar mão de obra para cobrir o desfalque. Isso vem ocorrendo devido ao interesse dos trabalhadores em ingressarem na indústria.
“A maioria deles está indo para a indústria. Recentemente, 10 pediram demissão. Para eu conseguir contratar outros dez, posso demorar até dois meses. Ultimamente, temos contratado pessoas de outros estados”, explicou Sidney, destacando que as máquinas não dariam esse tipo de “problema”.
Entretanto, Sidney Abreu ressaltou que, inevitavelmente, “vai chegar uma hora em que as máquinas substituirão os homens”. Segundo ele, isso já vem ocorrendo em todos os setores e no de varrição não será diferente. Para que essa operação seja feita apenas com máquinas, Três Lagoas precisaria, ao menos, de cinco varredeiras mecânicas para dar conta de toda a varrição realizada nos 11 setores da cidade. Atualmente, a empresa conta com aproximadamente 102 varredores de rua. “Ainda não sabemos quando compraremos outra máquina dessas, mas a aquisição faz parte dos nossos planos”, explicou.
Para operar as máquinas, duas pessoas passaram por um curso de operador, que durou em média dois meses. Segundo Abreu, para guiar a máquina é necessário ter, além da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o certificado do curso. O operador Valdir Garcia Ferreira, funcionário da empresa há sete meses, disse que a máquina não tem volante, por isso, no início do curso, teve um pouco de dificuldade, mas agora já domina a varredeira e não a trocaria, jamais, por uma vassoura. “Eu gosto do que faço. A varredeira tem até ar condicionado. Trabalho com bastante conforto”, disse.