O vereador Jorge Martinho (PMDB) disse que os debates em torno do Orçamento promoveram maior “valorização” do Poder Legislativo. Ele argumentou que após as polêmicas provocadas em razão da redução do percentual de remanejamento de 40% para 5%, os vereadores saíram fortalecidos. “O fato de mudarmos o nosso voto não invalida o nosso posicionamento, bem como não nos diminui”, sustentou Martinho.
O peemedebista disse que no inicio da sessão, o grupo propôs a redução de 40% para 25%, mas a Mesa Diretora não acatou a emenda. “Votamos a favor do projeto original para que a prefeita Márcia Moura possa administrar com tranqüilidade, mas vamos continuar cobrando”, disse Martinho.
O vereador Ângelo Guerreiro (PDT) também argumentou que a polêmica serviu para que a comunidade saiba a importância dos vereadores. “Debatemos sim, polemizamos sim, mas com responsabilidade. Não queríamos tirar a liberdade da prefeita, só pretendíamos acompanhar onde os recursos seriam aplicados, pois atualmente não temos essas informações”, justificou Guerreiro após votar a favor do projeto.
Quem também se justificou, foi Celso Yamaguti (DEM), dizendo que assinou as emendas por entender que teria mais chances de negociar o atendimento de suas reivindicações. “Eu tenho feito muitos pedidos em favor dos bairros e tinha objetivo de cobrar isso da prefeita”, argumentou Yamaguti.
Para o petista Idevaldo Claudino, “a aprovação do Orçamento, mostra que nós 10 vereadores estamos querendo proteger a prefeita Márcia Moura”. Ele disse que no Orçamento de 2010 apresentou nove emendas, mas não foram cumpridas.
O ex-presidente da Câmara, Fernando Milan (PMDB) não justificou a mudança de voto. Ele dispensou o uso da palavra, mas acenou positivamente que estava tranquilo e preparado para votar.