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Três Lagoas

Vítima de acidente grave agradece bombeiros por resgate

Marcos ficou preso nas ferragens e seu pai morreu com a colisão

Marcos foi com seu irmão até o quartel agradecer pelo resgate -
Marcos foi com seu irmão até o quartel agradecer pelo resgate -

Como manifestação de gratidão, o construtor civil Marcos Antônio Gomes Corrêa, 39, foi até o quartel do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros agradecer o atendimento que salvou sua vida em um acidente na rodovia MS-112, que liga Três Lagoas a Inocência. Após um mês do acidente, ele está andando com a ajuda de uma cadeira de rodas e se recuperando das lesões.

Marcos trafegava em uma caminhonete pela rodovia quando colidiu frontalmente com uma carreta em 24 de outubro deste ano. “O caminhão encostou e eu fui ultrapassá-lo. Enquanto eu seguia pela pista, vinha outro caminhão. Aí, bati de frente”, relatou. Ele ficou preso nas ferragens e teve lesões no fígado, pulmão e uma fratura no fêmur. Seu pai, Antônio Cardoso Rodrigues, 63, que estava no banco do passageiro, morreu no local.

GRATIDÃO

Acompanhado de seu irmão, Alexandro Gomes Corrêa, 26, Marcos foi ao quartel para agradecer os militares que salvaram sua vida. Segundo ele, após ter saído do coma induzido que durou mais de quatro dias, e ter passado 25 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Auxiliadora, sentiu-se na obrigação de agradecer os bombeiros.  “Eu vim agradecer o que os meninos [bombeiros] fizeram por mim no acidente. Eu já estava para me entregar, pois estava preso nas ferragens, com meu pai morto ao meu lado. Se não fossem eles, eu teria morrido no local”, disse.

O comandante do 5º GB, tenente-coronel Luiz Antônio de Mello, ficou satisfeito com a gratidão de Marcos e garantiu repassar o elogio aos militares. “Para nós, é uma espécie de gratificação. Esse é o nosso pagamento: a gratidão das pessoas. A nossa razão de existir é a população”, afirmou. O oficial desejou votos de recuperação a Marcos.

RECUPERAÇÃO

Pouco mais de um mês após o acidente, Marcos está se recuperando rápido. Os órgãos que foram lesionados estão se regenerando e, agora, ele está de repouso, fazendo sessões de fisioterapia, uma vez que teve que passar por uma cirurgia no fêmur. O construtor ainda comenta que não superou o trauma psicológico do acidente, visto que viu seu pai morto a seu lado no veículo e não pôde fazer nada para ajudar. “Até hoje, eu não consegui olhar uma foto do acidente”, disse. Mas, com otimismo, ele comentou que um de seus planos agora é passar mais tempo com a filha de sete anos. “Agora, vivo, vou continuar cuidando da minha filha”, relata.