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Médicos implantam prótese que "cresce" em menina no Texas

A prótese é feita especialmente para cada paciente

Uma menina de 9 anos foi a primeira paciente de câncer no Texas, nos Estados Unidos, a se beneficiar de um procedimento médico que permite que a prótese de um osso “cresça” sem que sejam necessárias novas cirurgias.

Morgan LaRue foi diagnosticada com osteossarcoma (um tipo de câncer que afeta os ossos) em dezembro passado e, depois de passar por quimioterapia, foi operada para a retirada de um tumor em março no Texas Children’s Cancer Center, do Texas Childrens Hospital, em Houston.

No lugar do osso, os médicos colocaram uma prótese de metal que pode ser estendida magneticamente, sem a necessidade de cirurgia. Isso vai evitar que a menina passe por cerca de 10 novas cirurgias para aumentar a prótese e manter a perna esquerda da mesma altura que a direita.

Apesar de a técnica desenvolvida por médicos britânicos ser amplamente utilizada na Europa, ela ainda não foi aprovada pelas autoridades de saúde americanas, e a família de Morgan teve que pedir uma autorização especial para adotar o procedimento. Até hoje, apenas 15 pacientes passaram pelo procedimento nos Estados Unidos.

Sem a autorização, o seguro médico da menina não pagaria os custos do tratamento, nem o valor da prótese. A prótese é feita especialmente para cada paciente.

Nesta semana, ela foi ao hospital pela primeira vez desde a operação para estender a perna magneticamente.

Ao colocar a perna em uma espécie de cilindro magnético, os médicos conseguiram estender a prótese sem ter que fazer qualquer intervenção cirúrgica.

“A diferença que esta prótese faz para a Morgan é incrível”, disse o cirurgião Rex Marco, que realizou a operação. “A qualidade de vida dela será muito mais alta do que se ela tivesse que realizar cirurgias constantemente.”

“Morgan já passou por muito tratamento para seu câncer”, disse sua oncologista Lisa Wang, “e isso vai impedir que ela passe por novas e desconfortáveis cirurgias”.

O osteossarcoma é o tumor maligno ósseo mais comum na infância. Normalmente ele afeta ossos dos membros e ocorre na segunda década da vida.

Entre 60% e 70% das crianças com osteossarcoma localizado (sem evidências de que tenha se espalhado) sobrevivem à doença, depois do tratamento.

“Morgan sempre manteve a atitude de ‘eu vou vencer isso’, mesmo quando passou por uma série de sessões de quimioterapia e outros procedimentos médicos”, disse a mãe dela, Ashley LaRue.

“Ela tem sido impressionante. Estamos muito felizes porque ela não vai precisar passar por outras cirurgias apenas para estender suas pernas.”