RÁDIOS
Paranaíba, 02 de dezembro

Câmara aprova suspensão de doação de terrenos feita por ex-prefeito

O projeto foi encaminhado pelo Executivo em regime de urgência

Por Talita Matsushita
29/05/2019 • 15h54
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Após quase duas horas de discussão os vereadores de Paranaíba aprovaram, na noite de segunda-feira (27), por maioria a doação dos terrenos do residencial Costa Leste doados pelo ex-prefeito Diogo Robalinho de Queiroz, que compreende 230 lotes.  Na época da doação o projeto não foi votado na Câmara, e com diversos erros como falta de escritura no Cartório e sem o crivo dos vereadores a Justiça entende que a doação não tem valor legal. O projeto foi encaminhado pelo Executivo em regime de urgência.

Os vereadores Jalmir Batista Modesto e Paulo Henrique Cançado Soares se abstiveram de votar, já o vereador Ailson de Freitas (Binga) foi o único que votou contra.

“O município agora poderá fazer a doação dos lotes do Costa Leste. Ocorre que há alguns anos foi feito um loteamento pelo município, mas pra que ele exista é preciso ser aprovado na Prefeitura e registrado no cartório, na época foram evidenciadas algumas irregularidades técnicas”, explicou a procuradora jurídica do Município, Adailda Lopes.

Segundo a advogada o cartório se negou a fazer o registro do loteamento e teve início um processo de suscitação de dúvida, que tem a finalidade de examinar a registrabilidade de um título. “Essa dúvida foi acolhida tanto pelo judiciário, como pelo tribunal de Justiça, entendendo que aquele loteamento não estava apto par ser aprovado”, explicou.

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Em 2017 foi feito novo levantamento, corrigida irregularidades, feito registro e o loteamento de fato passou a existir.

O documento entregue pela administração anterior é um Termo de Outorga de Uso de Bem Público e algumas pessoas acionaram a Justiça afirmando que haviam recebido o lote e teria direito de propriedade do terreno. “O entendimento do Judiciário foi no sentido de que aquele documento [termo de outorga] é um documento precário e não garante a propriedade do bem, pois pode ser revogado a qualquer momento. Nesse caso não se trata de revogação, pois estes lotes não existiam, não tinham matrícula e por conta disso gerou toda esta polêmica”, esclareceu.

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