O Brasil participa, a partir desta quarta-feira (29), dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 com uma delegação de 182 atletas, dos quais 156 são integrantes do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte. O evento reúne cerca de 4.200 atletas de 166 países. A última edição da Paralimpíada, realizada em Pequim, contou com 3.951 desportistas de 147 nações.
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Delegação brasileira de 182 atletas na 14ª Paralimpíada tem 156 bolsistas do Ministério do Esporte
Além do Bolsa-Atleta, que é o maior programa mundial de patrocínio direto, o Ministério do Esporte firmou diversos convênios e financiou a pré-temporada de parte dos atletas brasileiros em Manchester. “O investimento grande para as Paralimpíadas é uma forma de o governo reconhecer o valor desses atletas, que superam dificuldade na vida para se tornarem referência no esporte”, disse nesta quarta-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Ele acrescentou que o governo tem promovido investimentos diretos ao atleta. “A perspectiva é de um investimento ainda maior para que não só um maior número de atletas pratiquem o esporte, mas também para que os de alto rendimento possam obter resultados cada vez melhores”, completou.
Parte da delegação brasileira também teve a oportunidade de fazer treinos de ambientação, em uma espécie de pré-temporada, na cidade de Manchester, financiada pelo Ministério do Esporte. Segundo o secretário Nacional de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, é a primeira vez que uma delegação paralímpica realiza esse tipo de preparação, inclusive com a disponibilização de cardápio brasileiro.
Oportunidade de trabalho para deficientes
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), programa desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), tem como proposta quebrar o paradigma de que pessoas com deficiência são incapazes de trabalhar. O programa foi instituído em 2 de agosto e integra as ações do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite.
O público-alvo é uma população de 900 mil beneficiários com idades entre 16 e 45 anos em todo o País. Até 2014, o ministério pretende visitar 100 mil destas pessoas que recebem o benefício e oferecer a elas a chance de se qualificar para o mundo do trabalho.
“Hoje, o foco mudou: não é a pessoa que é incapaz de trabalhar, mas o mercado que não está preparado para recebê-la. E cabe ao Estado atuar para identificar e eliminar as barreiras que impedem o acesso ao trabalho”, explica Elyria Credidio, coordenadora-geral de Acompanhamento dos Beneficiários do Departamento de Benefícios Assistenciais do MDS.
O programa envolve ainda os ministérios da Educação (MEC) e do Trabalho e Emprego (MTE) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).