Na sexta-feira (5) é comemorado o Dia do Perito Papiloscopista, profissionais que atuam com classificação, análise e comparações de impressões digitais, além de fornecer Atestados de Antecedentes Criminais, Boletins de Identificação Criminal (BIC), retrato falado, identificação de cadáveres, e outras atividades.
Segundo informações do Instituto de Identificação (II), órgão delegado da Coordenadoria-Geral de Perícias, ligada à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no ano passado foram emitidas 96.000 identidades em todo Estado, além de 12 mil atestados de antecedentes criminais, 12.500 emissões de Folhas de Antecedentes Criminais (FAC), solicitada por autoridades policiais e judiciárias, e foram identificados 35 cadáveres.
“Em Mato Grosso do Sul, existem cerca de 160 peritos papiloscopistas devidamente preparados através de cursos oferecidos pela Sejusp”, afirma Celso José de Souza, diretor do II, que destaca os principais cursos feitos pelos peritos. "Cursos de retrato falado, de necropapiloscopia, que consiste na coleta de impressões digitais em cadáver, e o curso na área de levantamento digital, que acontece em local de crime, são alguns dos mais importantes”, completa.
Souza destaca também a qualificação de peritos do Estado. “Mato Grosso do Sul, conta com dois técnicos que já fizeram diversos cursos de qualificação e integram um grupo da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) relacionado a acidente em massa. “São um homem e uma mulher que compõem este grupo. A identificação de cadáveres é como se fosse um trabalho social onde os peritos buscam e identificam estas pessoas para as famílias. Este serviço tem tido grande êxito com respostas positivas”, afirmou.
Márcio Cristiano Paroba, perito do núcleo de Perícias Papilocóspica da Capital engrandece a profissão, por conta da grande ajuda que oferece a toda sociedade. “Ajudar na identificação de um cadáver ignorado, que a princípio não tem identificação, para que ele possa ter um enterro digno, é de uma enorme satisfação”, comenta o perito, que ainda destaca o apoio dado para a área criminal: “Me apaixonei pela profissão por também ajudarmos na indicação de autoria de furtos, roubos e delitos. Temos um papel fundamental para a sociedade”, completa.
A Coordenadoria-Geral de Perícias está dividida em quatro institutos: Instituto de Criminalística (IC), Instituto Médico Legal e Odontológico (IMOL), Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF) e o Instituto de Identificação (II). Para atuar como Perito Papiloscopista é preciso ter nível superior em áreas específicas.