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Cesta básica apresenta alta de 3,02% em janeiro

Aumento do salário mínimo afetou valor da cesta básica

O Índice da Cesta Básica Alimentar em Campo Grande-MS, composta por 15 itens para a alimentação diária de um trabalhador adulto, para o mês de janeiro deste ano, apresentou alta de 3,02% em relação ao mês de dezembro de 2009, registrando um custo de R$ 205,89, enquanto no mês anterior foi de R$ 199,85. As variações acumuladas registraram, nos últimos 12 meses, queda de 2,83%; nos últimos seis meses decréscimo de 3,74% e, neste ano, aumento de 3,02%. A pesquisa é elaborada mensalmente pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento da Ciência e Tecnologia (Semac).

Dos 15 produtos que compõem a cesta básica, sete registraram alta: alface (23,04%); laranja (9,16%); açúcar cristal (8,87%); batata (6,94%); margarina (2,90%); banana (2,85%) e feijão (0,77%). Os preços de seis produtos caíram: tomate (15,68%); óleo (5,73%); carne (5,58%); leite (1,35%); macarrão (1,29%) e arroz (0,71%). Pão e sal mantiveram seu preço inalterado.

Com o verão aumenta o consumo da laranja, diminuindo os estoques no mercado atacadista, provocando aumento de preço de 9,16% pelo segundo mês consecutivo. O açúcar registrou alta de 8,87% devido às cotações internacionais, que alteram também o mercado brasileiro. Ainda houve queda na safra em nosso País e na Ìndia, os dois maiores produtores mundiais, o que afetou ainda mais seu preço.

O tomate está no período de colheita com boa produtividade, aumentou o volume no mercado e conseqüente redução de preço de 15,68%. Com o início da colheita da soja e com o crescimento da safra em 30%, aumentou a produção de óleo implicando na queda em seu preço de 5,72%.

Nos últimos seis meses, os produtos que apresentaram maiores altas foram: açúcar cristal, laranja, sal, batata, tomate e banana. As maiores quedas foram assinaladas para os produtos: feijão, leite, carne, macarrão, laranja e margarina.

Em janeiro deste ano, o salário mínimo passou de R$ 465,00 para R$ 510,00, um aumento de 9,67%. Quanto à renda, a pesquisa constatou que o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 510,00 comprometeu 40,37% do seu salário em janeiro deste ano para aquisição da cesta alimentar, enquanto em dezembro de 2009 representava 42,98% restando-lhe R$ 304,11 para atender suas outras necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros.

Segundo a pesquisa, para adquirir a cesta, o trabalhador precisou despender 88 horas e 49 minutos da sua Jornada de Trabalho mensal de 220 horas, enquanto no levantamento anterior, em dezembro/2009, eram necessárias 94 horas e 33 minutos.

Cesta Básica Familiar

Recomendada para uma família composta por cinco pessoas, o Índice da Cesta Familiar de Campo Grande, em janeiro de 2010, apresentou alta de 1,21%, fechando o mês com um custo de R$ 970,54 enquanto no levantamento anterior (dezembro/2009) foi de R$ 958,93. A variação acumulada dos últimos 12 meses foi de 4,98%, nos últimos seis meses contabilizou 1,98% e, no ano, chegou a 1,21%. Entre os 44 produtos pesquisados que compõem a cesta familiar, 21 apresentaram alta de preços, 18 registraram queda e cinco mantiveram os preços inalterados.

No grupo Alimentação, a pesquisa constatou  alta de 1,33%, em destaque:         cenoura (25,76%); alface (23,03%); laranja (9,22%); açúcar (8,64%); batata (6,88%); couve (5,05%); manteiga (3,91%); margarina (2,99%); mandioca (2,98%) e abobrinha (2,94%). Os produtos que tiveram  queda no preço foram: tomate (15,69%); cebola (14,06%); mamão (12,56%); óleo (5,99%); carne (5,58%); alho (3,64%); leite (1,35%); macarrão (1,29%); fubá (1,22%); trigo (0,86%); arroz (0,81%) e frango (0,23%). Os produtos que não registraram alteração de preços foram: pão francês, queijo e peixe. 

As chuvas, além do normal para a época, ocorridas no período prejudicaram a produção de cenoura (25,76%), alface (23,03%), batata (6,88%) e couve (5,05%), reduzindo a oferta no mercado interno e elevando os preços. A cebola está no período de colheita aumentando sua oferta e, consequentemente, queda de preço em 14,06%. Com o clima quente e úmido favoreceu o amadurecimento do mamão aumentando o volume ofertado no mercado, diminuindo seu preço em 12,56%.

O Grupo Higiene Pessoal registrou uma variação positiva de 1,62%. Os produtos que registraram altas foram: dentifrício (5,38%) e papel higiênico (4,63%). O produto que acusou queda foi a lâmina de barbear (1,07%). Sabonete e absorvente não registraram alteração de preço.   

O Grupo Limpeza Doméstica apresentou queda de 1,88%, destacando os seguintes produtos: palha de aço (5,44%), sabão em pó (3,63%); sabão em barra (1,47%) e água sanitária (0,75%). Os produtos que apresentaram alta de preço foram: detergente (2,30%); desinfetante (1,55%) e cera em pasta (0,92%).  

Em termos de renda versus salário mínimo, a pesquisa verificou que houve um comprometimento de 38,06% do valor total da renda familiar, considerando cinco salários mínimos, totalizando R$ 2.550,00,  para atender uma família composta por cinco pessoas.  Em dezembro do ano passado, com o salário mínimo de R$ 465,00, uma família comprometia 41,24% da renda de R$ 2.325,00.