O governo decidiu reduzir, de 25% para 20% a proporção de álcool misturado à gasolina. O objetivo é aumentar a quantidade do combustível renovável no mercado e, com isso, tentar conter a alta do preço nos postos, em razão da entressafra da cana-de-açúcar. A medida entra em vigor em 1° de fevereiro e valerá por 90 dias, até o início da safra.
O álcool combustível produzido nas usinas tem dois destinos: o anidro (sem água) é misturado à gasolina, e o hidratado é vendido nos postos para abastecer principalmente carros flex.
Com a medida, o álcool anidro que deixar de ser aproveitado na gasolina será transformado em hidratado, o que aumenta a oferta e, em tese, ajuda a frear a alta de preços. Para o mercado, porém, a decisão do governo deve encarecer a gasolina – e os carros que a utilizam, com menos álcool na mistura, emitirão mais poluentes.
O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que a expectativa do governo é que o preço da gasolina seja reduzido. Técnicos do seu ministério, no entanto, preveem que ela fique 2% mais cara.