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Ministros negam problema de energia no país

Edison Lobão disse que usinas termelétricas tiveram que ser acionadas nesta semana

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Os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negaram que os investimentos em energia no país tenham sido insuficientes. Eles falaram durante o balanço dos três anos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), nesta quinta-feira (4). Com calor intenso no Rio de Janeiro e em outros locais do país e aumento da produção industrial, as usinas termelétricas brasileiras tiveram de ser acionadas nesta semana, como explicou Lobão.

– Com o uso intenso de ar condicionado no Rio de Janeiro o no resto do país nós tivemos que recorrer a poucas térmicas, e não há nada de anormal nisso. Não há nenhum problema com o sistema e nem com o sistema de transmissão. Nunca houve tanto investimento em energia como houve agora.

De acordo com Dilma, não há problema no país de geração ou transmissão de energia.

– Gente, a energia é uma coisa, transmissão é outra. Ninguém atende pico de demanda com transmissão, atende com energia. A gente dimensiona o sistema para agüentar um consumo muito maior do que a energia instalada, porque a gente usa primeiro a que é mais barata, que é a hídrica. Nosso sistema é hidrotérmico, estamos com os reservatórios cheios, e estávamos usando pouquíssimas térmicas.

Dilma disse ainda que não há carência de energia no país.

– Prova disso é que os empresários estão investindo. Temos que fazer distinção entre apagão e blackout. No apagão você passa oito meses sem energia e pode durar mais, porque você não tem energia. Outra coisa é em um sistema onde você tem uma interrupção [blackout]. A nossa interrupção durou cinco horas. Não há uma pessoa que possa dizer que hoje o Brasil tem carência de energia.

O país sofreu apagão durante o ano de 2001, quando houve racionamento de energia. No ano passado, um blackout deixou sem luz 18 Estados e parte do Paraguai durante cinco horas.

Os investimentos do setor de energia do PAC entre 2007 e 2009 somaram R$ 175 bilhões, com obras que ampliaram a oferta de energia em 5.964 megawatts. No período, 109 usinas foram concluídas e 89 estão em construção. A energia será transportada pela rede de 7.368 quilômetros de linhas de transmissão em operação.