O governador André Puccinelli e a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet, se reuniram nesta quarta-feira (3) com técnicos da Petrobras para dar andamento aos estudos de viabilidade da construção de uma fábrica de fertilizantes em Mato Grosso do Sul. O Estado é considerado um local favorável do ponto de vista da logística, e Três Lagoas deverá ser confirmada como cidade para abrigar a unidade industrial, caso a Petrobras confirme o investimento.
“Mato Grosso do Sul é estratégico e, Três Lagoas, dentro do Estado, tem grande potencialidade, é o único ponto previsto e possível nos estudos que estão sendo feitos, de impacto ambiental, de infraestrutura, de logística”, disse Simone, após a reunião no gabinete do governador. A prefeita deixou claro que ainda não está sendo feito o anúncio da implantação da indústria, porque a fase atual é de estudos de viabilidade.
Entre as características que tornam o município competitivo na disputa, está a disponibilidade de recursos hídricos, a proximidade com dois dos principais mercados consumidores do fertilizante a ser produzido – os estados de São Paulo e Paraná. Simone explicou que os estudos estão agora avançando nos setores ambientais, tributário, e de avaliação de infraestrutura e de logística. A decisão final ainda não foi tomada, e, na avaliação da prefeita, o que faltaria para essa finalização é o término de todos os levantamentos socioeconômicos feitos pelos técnicos para subsidiar a opção da direção da Petrobras.
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Os estudos avaliam a possibilidade de implantar em Mato Grosso do Sul uma unidade industrial que, junto com outras duas, dariam ao Brasil capacidade de se tornar autossuficiente na produção de fertilizantes. Prefeita da cidade cotada para sediar o empreendimento no Estado, Simone Tebet cita que, conforme os estudos, a instalação das unidades significaria, na ponta, o barateamento do custo da produção agropecuária.
O governo do Estado e a prefeitura treslagoense estão empenhados em tornar viável a escolha de Mato Grosso do Sul. Incentivos fiscais e área – seja na possibilidade de desapropriação ou de aquisição dos cerca de 300 hectares necessários – já foram assegurados pelo governador André Puccinelli. Na reunião desta quarta-feira, André reiterou que as secretarias estaduais do governo estão à disposição das equipes técnicas da etatal para, no menor tempo possível, definir o projeto. “Estamos quebrando etapas, transpondo obstáculos, para poder depois chegar a um determinado momento em que a Petrobras possa dar esse presente de anunciar a fábrica para Mato Grosso do Sul”, disse Simone Tebet.
Ainda não há confirmação de valores de investimentos, mas a perspectiva é de um grande impacto econômico e social, caso a instalação da fábrica seja instalada. Pela experiência recente de outro empreendimento gigantesco – a VCP – a prefeita acredita que em torno de 6.000 a 8.000 empregos deverão ser gerados somente durante a construção da planta fabril. Também preliminarmente, governo e prefeitura estimam que o valor do investimento deverá ficar em torno de R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões. A confirmação do valor do negócio e da quantidade de mão-de-obra empregada, no entanto, são detalhes que somente serão definidos e anunciados quando o projeto estiver consolidado.
