O número de emissão da carteira de identidade em Três Lagoas saltou de 384 em dezembro, para 513, em janeiro; representando aumento de 33,6%. Este crescimento se deve ao começo das aulas e ao aumento da população, informou Neide Maria B. dos Santos, chefe do Posto de Identificação da Delegacia Regional de Três Lagoas.
Normalmente são emitidas 300 carteiras de identidade por mês, mas no começo do ano, com o retorno às aulas, a emissão de identidade é expressiva, porque as escolas estão exigindo o documento do aluno no ato da inscrição.
A chefe do Posto de Identificação afirmou que chegou a faltar o impresso por causa da elevação da procura pelo documento. "A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso do Sul não remeteu a quantidade necessária. Mas em três dias, tudo volta ao normal”, explicou. Mas ontem ainda faltava formulário continuo no Posto de Identificação.
Neide garante que todas as pessoas que procuram o posto são atendidas, “às vezes, demora um pouco”.
De acordo com a chefe do Posto de Identificação, o quadro de funcionários está reduzido. “Três pessoas se aposentaram, hoje estamos com sete funcionários, mas temos que respeitar a escala de férias, sempre aparece alguém com problema de saúde; a gente está trabalhando num limite bem escasso em relação a funcionários.”
Para pedir a primeira via do RG é necessário recolher uma taxa de R$ 23,02 na Agência Fazendária. Para 2º via, o valor pular para R$ 61,40. Depois de pagar a taxa, voltar ao Posto de Identificação com a certidão de nascimento original e com Xerox, duas fotos 3X4. O prazo para ficar pronto o RG Vaira de 30 a 40 dias.
O RG está sendo mudado para RIG. No Mato Grosso do Sul está previsto adotar a nova carteira de identificação a partir de julho.
TRÊS-LAGOENSE
Wagner de Souza nasceu em Três Lagoas e estava tirando novos documentos porque ele precisa voltar à Europa. O três-lagoense mora há cinco anos na Espanha. Atualmente ele reside em Barcelona, onde trabalha como promotor de vendas, com produtos de hotelaria, e faz bico nos finais de semana como garçom.
Ele disse que trabalha 9 horas por dia como promotor de vendas e seis horas como garçom. Para servir mesas, Souza diz que recebe de 60 a 70 euros, fora as gorjetas. O euro estava cotado ontem em R$ 2,36.“O salário é bom, se comparado com o do Brasil; o euro tem poder aquisitivo”, explica Souza, afirmando que nesses cinco anos fez uma economia de 120 mil euros. “Mas ralei “pra” “caracas”, passei fome e cheguei a dormir na rua”.
Além de rever a família, Souza estava em Três Lagoas procurando um terreno para investir. Ele pretende construir uma casa e um comércio. Em maio volta para Barcelona, fica até o começo do ano, quando volta em definitivo.